Há alguns dias estava correndo em vasto gramado sendo observado e cuidado por meu pai e por minha mãe. Meu querido e amado pai e minha querida e amada mãe!

Naqueles dias brincávamos com bolas de gude, empinávamos pipas, fizemos castelos de areia e tantas outras coisas divertidas. Maravilhosas recordações!

Qualquer dúvida que surgisse, sem hesitar gritava o nome “papai” e já ia perguntando: O que é isso? Com muita atenção e carinho me explicava da melhor forma possível.

Quando me cansava corria para os braços da mamãe e ela me segurava, me abraçava firmemente e recostava seu rosto em meu corpo. Que ótimo lugar para estar, onde me sentia seguro e amado!

Seria fácil descrever ou listar inúmeras vezes em que fui agraciado com amor, carinho, ensinos, dentre outros, com calor humano por parte dos meus pais. O que ficou marcado, e o mais importante é que mesmo tudo sendo uma lembrança do passado, continua vivo em meu ser.

Pronunciar as palavras “te amo” parece ser algo tão óbvio e por vezes não fazemos isso por acharmos que já está implícito em nossas ações.

Amo meu pai! Amo minha mãe! Eles sempre fizeram o melhor por mim! Mesmo que em minha inexperiência não tenha entendido suas posições. Eles agiram por se importarem comigo!

O sangue deles corre em minhas veias! Traços das faces deles foram transferidas ao meu!

Alguns dizem que meu semblante tem peculiares toques do rosto de minha mãe, e isso me empolga por perceber que é exatamente o que quero, ser parecido com ela!
Ela se chama Orilene Neris!

Outros dizem que me assemelho, me expresso, e as vezes até falo como meu pai, e isso me enche de alegria por notar que é exatamente o que quero, ser parecido com ele!
Ele se chama Odair Alves!

Aquela velha indicação “pais ou responsáveis” me faz afirmar o quanto demonstraram aceitar e decidiram ser meus pais!

Pais, sim! Que cuidaram, ensinaram, alimentaram, vestiram, corrigiram!
Responsáveis também, em assumir obrigações e responsabilidades que eram minhas, mas por serem meus “donos”, tomaram para eles e me socorreram.

É uma honra ser reconhecido como filho deles!

Hoje, depois de acompanhar tantas mudanças no mundo, acontecimentos incríveis, guerras bipolares, incidentes horríveis, estou aqui até daqui a pouco, quer dizer, até daqui a pouco em relação à vontade do meu Senhor, pois Ele é quem direciona minha vida!

Hoje é a minha vez de cuidar da minha querida esposa e dos meus amados filhos!

Ela realmente merece que eu me supere em amá-la, pois não tenho do que me arrepender ou reclamar de suas atitudes!
Quando eu a ouço cantar enxergo a verdade em tudo que sinto por ela!
A honestidade em sua voz me faz querê-la mais!
Fico a ponto de explodir em radiantes sentimentos conhecidos, porém, renovados em essências singulares!
Ela é fantástica!
Ela é o amor da minha vida!
Ela se chama, Gabriela Oliveira!

Meu filho foi um presente enviado diretamente dos céus a nós!
Ele é vivo!
Posso abraçá-lo!
Fazê-lo sorrir!
Me divertir com ele!
Ensiná-lo a tirar a meia ou pentear o cabelo!
Ele é um prodígio!
Ele se chama Odair Neto

Antes de meu filho chegar aqui, após observarem exames feitos por mim, especialistas da medicina disseram que eu não poderia ser pai, e apontaram no exame que eu tinha 0% (zero por cento) de chance de ser pai naturalmente, mas essa não era a palavra final de Deus!

Em alguns dias receberei mais um presente!
Estarei com uma bonequinha em meus braços!
Mais um ser para compartilhar do meu amor!
Ela será fortemente agraciada com nossos melhores sentimentos!
Tão desconhecida, entretanto, tão amada!
Ela se chama Luísa Gabriela!

Perceber que em algum momento não estaremos mais aqui e não fazer nada, é loucura!
Quando eu não estiver mais aqui, talvez você esteja, ou o contrário, e isso é extensível principalmente aos nossos familiares.

Temos que aproveitar cada instante em ser algo que realmente tenha valor para eles!

Existe um versículo tão antigo e ao mesmo tempo, tão atual, que diz: “Ensina-nos a contar os nossos dias, de tal maneira que alcancemos corações sábios”.

O tempo é infinito, mas nós somos finitos por estar incluído na média em viver 36 mil dias, e isso passa rápido!

Lute para que a cada dia, mesmo ocorrendo derrotas, tenha consciência de que fez seu melhor. Assim, quando estiver nos três últimos segundos de sua vida, o filme em cartaz, seja: Vivi cada dia como se fosse o último; estou preparado para não estar mais aqui, pois cuidei, me importei, compartilhei; disse te amo para quem deveria ouvir; “combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé”!

[OAOJ]