Dedicar-se a estar no caminho certo não é sinônimo de estar sempre certo, e sim, e essencialmente, de reconhecer quando estiver errado.

Leia só até o ponto onde eu esteja extremamente errado! Tenho certeza que encontrará algo para negativar!

Estamos errados em relação a muitas coisas o tempo todo, até porque, o que você acha ser o certo nem sempre será o que o outro pensa ser certo.

Quem sabe eu esteja profundamente errado em publicar e repassar este texto!

Estive refletindo que deveria ser frustrante para meu filho eu sempre ditar e definir o que é o certo, mesmo eu sendo seu pai e tendo a responsabilidade em mostrar o que é melhor a ele, todavia, ontem estávamos assistindo um desenho quando me levantei para buscar algo na cozinha. Neste momento, sem medir as palavras, visto que ele tem apenas, quase 3 anos de idade, disse:
– Papai, existe um buraco no seu short!
Comecei a sorrir contagiando minha esposa e ele, e disse:
– Você tem razão, vamos resolver isso! Talvez a mamãe possa costurar!
Não sei se percebeu, mas era impossível negar a existência de um buraco desfiado em meu short. Tive que concordar e admitir que deveria ser consertado.

É tão fácil olhar para ele, e dizer:
– Não assista esse vídeo! É feio!
– Não pule no sofá! Você pode cair!
– Não coma tantos doces! Isso pode fazer seu estomago doer!
Como responsável em cuidar para que ele não seja prejudicado, tenho que me colocar no lugar dele e me corrigir da mesma forma que faço com ele!

Não sou muito chegado em “assistir” TV, mas vejo vídeos em meu smartphone, e já ocorreu de eu estar assistindo o trailer de um filme, e meu filho só de ouvir o som, dizer:
– Papai, esse vídeo é feio!
Minha consciência questiona:
– Vai parar de ver este vídeo? Você já é adulto o suficiente para assistir o que quiser!
Um exemplo tão simples, mas que muitas vezes mostra como somos equivocados em determinar algo ao próximo e nós mesmo não fazemos.

Fazemos uma “força” para demonstrarmos estarmos certos! Um belíssimo “teatro” para apresentar um showzinho imaculado, contudo, podendo conter alto teor ilusório e dissimulado!

Ditar soluções aos aparentes erros das pessoas é muito fácil, e os nossos? Muitos querem negar a existência de um pedaço de papel higiênico sujo, preso em seu calçado, sendo arrastado por onde quer que vá, e se alguém disser:
– Olá! Pode por um instante direcionar seus olhos aos seus pés? Não quero te importunar e muito menos te entristecer, mas existe algo que está te prejudicando. Posso te ajudar a tirar este equivoco levemente agarrado em seu calçado?
Alguns diriam:
– Você tem razão! Por favor, me ajude! Muito obrigado por sua atenção em me alertar e auxiliar!
Já, outros:
– Você nem imagina a tristeza que é ter um pedaço de papel higiênico no calçado e ainda ter alguém te julgando sem saber exatamente como ele foi parar ali!
Ou, ainda:
– Não tem nada de errado em meus pés! Não tenho culpa nenhuma! Vá procurar o que fazer!

Cada um têm consciência das suas respostas, e é importante lembrar que pode ocorrer de alguém ter “plantado” uma prova irrevogável só para prejudicar o outro, por isso é imprescindível medir e ter muito cuidado com as palavras que serão ditas ou escritas, e principalmente com as ações propagadas.

Pessoa, se não ocorreu, os que já viveram vão concordar que em algum momento da sua vida a pressão sanguínea aumentará, quer dizer, seu coração estará bombeando sangue mais rapidamente por ter sofrido uma alteração corporal, e neste caso, estou falando de alguém ter sugerido que você estava errado, tendo esta informação sido difundida por seu cérebro, indicando: Alerta! Você entrou em modo de defesa! Com isso, aguarde um instante! Reflita se estava realmente certa ou equivocada, e não observe apenas seus argumentos, ou parte do que foi evidenciado, mas, considerando o todo, olhe para seu interior sendo honesta consigo mesma.

Poderíamos elencar uma lista infinita de triste histórias que definimos onde outros estavam errados, e isso seria fácil! Agora, onde estaria nossa coragem em descrever tudo que já fizemos e temos a certeza que estávamos errados?! Neste momento me questiono:
– Para que escrever tudo isso (kkk…)?! Parece até um desabafo! Que seja!

Vou contar uma pequena história, em âmbitos animalísticos mas, real! Aí vai:

A festa já havia iniciado e a linda família dos elefantes, muito felizes com o momento, se divertia com um contagiante sorriso.
O leãosinho brincava correndo e pulando por todos os lados, e seus papais, na medida do possível, o seguravam e por vezes o repreendiam, pois mesmo pequeno deveria ir aprendendo seus limites.
A mamãe koala sentiu-se incomodada por alguma questão desconhecida ao ver o leãosinho passando ao seu lado: “livre, leve, solto”, pois seu filhotinho estava todo limpinho, cheiroso, cercado de proteções e nem um dedinho de suas patinhas poderiam tocar o chão, por isso, estava com o mais novo lançamento de calçados da “Ekin Tsaoc Al”. Não sabendo a mamãe koala que o papai leão observava seu pequeno filhote, deixando-o aproveitar seu período infantil da melhor maneira, e muito menos que enxergou o exato momento em que a cara dela se transformou em sentido negativo, em descaso julgador, e particularmente de desprezo ao olhar para o leãozinho. A sociedade dos animais não é assim, se é que me entende. Pois bem, naquele instante ela olhou para o leão e, toda desconcertada, percebeu o flagrante que ele teve dela depreciar o leãozinho. O papai leão a tratou educadamente e continuou sua trajetória em seguir seu pequenino, pois tirar satisfação provavelmente acarretaria em uma resposta hipócrita. Pobres animais indefesos sendo utilizados para descrever como a sociedade humana funciona, isto é, os animais não dão “pitaco”, e muito menos se deixam perder tempo em comentar questões negativas sobre a família dos outros, pois cada uma cuida da sua.

Quem está totalmente certo ou errado?!

Quero desesperadamente agradar a todos e sobretudo a Deus, no entanto, só de incluir este, que para muitos não passa de uma invenção humana, já serei discriminado e errado para eles, já para outros, plenamente certo!

Qual seria uma boa conclusão para esta reflexão?!

Poderíamos diminuir ao máximo prejudicar os que estão ao nosso redor, ou melhor, nos colocar como certos exatamente como os outros entendem que é certo? Óbvio, desde que não estejam errados (kkk…)! Digo, que não fira as leis de convivência social e espiritual.

Olho para meu íntimo e percebo, em lágrimas, o quanto tenho que crescer e melhorar! Uma construção em constante reforma! Sim, uma construção em constante reforma!

[OAOJ]