Existem pais que foram e permanecem insubstituíveis, e seria maravilhoso poder definir a idade em que nossos pais permaneceriam para sempre.

Lembro que meu pai pegava caixa de sapato e fazia pequenas portinhas pouco maiores que bolinhas de gude, e depois brincávamos por horas competindo quem acertava mais bolinhas pelas portinhas, para dentro da caixa. Ele não estava se importando em ganhar, mas sim com a diversão entre nós. Eu tinha em torno de 6 anos. Passou, agora, apenas saudades.

Lembro que minha mãe estava mais uma vez preparando bolos deliciosos, quando disse: – Meu filho, vai dormir! Quando o bolo estiver pronto você acorda! Eu não queria dormir, estava sem sono, mas ela queria o melhor para mim e insistiu. Deitei e fiquei escutando ao mesmo tempo que tracei um plano: Vou ficar quietinho e quando minha mãe terminar, levanto e digo que já dormi. Fiquei rolando na cama por mais ou menos quinze minutos, acompanhando tudo que ocorria, e quando minha mãe falou “pronto” para uma das minhas irmãs, todo alegre, pensei: Agora sim, posso acordar! Levantei e cheguei na cozinha espreguiçando como se tivesse dormido mil horas, então minha mãe disse: – Já dormiu, meu filho? Todo feliz, respondi: – Sim, o bolo já ficou pronto! Replicou a maravilhosa: Pode voltar a dormir, o que ficou pronto foi a massa para assar! Voltei a dormir com as “orelhas abaixadas” (kkk). No entanto, em outros dias ela nos deixava brincar na terra/lama enquanto preparava os bolos, e até brincava conosco. Eu tinha em torno de 6 anos. Passou, agora, apenas saudades.

Muitas vezes meu pai me levou para o trabalho e eu ficava todo eufórico desde o momento em que entendia que iria, até o instante em que entrava novamente em casa. Eu não achava estar indo para um local onde deveria ficar igual a uma estátua, pois tudo seria diversão, e meu pai era e é tão fantástico que proporcionava exatamente isso, momentos festivos, mesmo em meio ao trabalho. Fazíamos tantas coisas juntos, mas o melhor era estar com ele. Eu tinha em torno de 8 anos. Passou, agora, apenas saudades.

Por vezes minha mãe me levou ao postinho de saúde, e mesmo sendo um momento que muito provavelmente ficaria com medo, ela criava uma cúpula invisível para me proteger não somente do medo, mas de tudo que nos envolvia naqueles instantes. E depois, me deixava brincar no parquinho que ficava no caminho de volta para casa. Também, dava um jeitinho de arrumar um docinho para me alegrar mais ainda. Ela era e é sensacional! Eu tinha em torno de 8 anos. Passou, agora, apenas saudades.

Lembro de muitas outras histórias que vivi com meus pais, o que me fazem refletir e afirmar como eles são importantes para mim!

Hoje, as construções na areia, soltar pipa, passeios de bicicleta, pique-pega no parque, boliche no shopping, e tantas outras, podem, mas não ocorrem mais.

Dificilmente vivemos um momento calculando que aquilo nunca mais ocorrerá, e realmente, muitas coisas passam e não voltam, por isso é de extrema importância se deixar ser tomado pelos poucos minutos que estamos rodeados de amor, pois as marcas serão maravilhosas!

Outro dia, meu filho Neto, de 5 anos, me disse: Papai, eu queria que o senhor tivesse essa idade para sempre! Acho que ele nem sabia o que estava dizendo. Só acho! Mas a frase dele veio como uma enxurrada de sentimentos pelos meus pais me mostrando o quanto os amo!

Assim como meu filho, gostaria de definir a idade dos meus pais para sempre, mas isso não é possível…

Os minutos se tornam anos rapidamente, e o melhor é colecionar as marcas que as histórias com os nossos nos deixam!

Qual a idade dos seus pais?
Pais, quais marcas vocês têm cultivado em seus filhos? Isso definirá qual a idade que eles desejam para você!

Contudo, a marca de mais valor que meus pais me deram foi ter me apresentado Jesus Cristo, o Salvador da minha vida!

Pai, Odair Alves de Oliveira: Eu te amo!
Mãe, Orilene Felipe Neris Oliveira: Eu te amo!

Muito obrigado por ter me suportado!
Muito obrigado por ter me ensinado!
Muito obrigado por ter me amado!

Amo vocês!

[OAOJ]
[www.odairjunior.com.br]