Um jovem senhor acabara de receber o salário pelo trabalho que realizou durante o último mês, e por mais que não fosse muito ele podia cumprir compromissos pagando suas dívidas: comprando o alimento diário para o sustento até o próximo recebimento, e ainda garantindo o valor da passagem de ida e volta do local de trabalho.

Quando estava voltando para casa, ao descer da condução se deparou com uma imagem tanto quanto intrigante: cerca de 8 pessoas entre crianças e adultos, e até um bebê no colo de sua mãe, no meio de uma grande quantidade de lixo procurando algo que pudessem usar, vender ou trocar por comida. Mesmo receoso e sem saber o que poderia acontecer, se aproximou e perguntou:
– Vocês já jantaram?

Possivelmente uma maioria teria ido correndo para casa após se deparar com tal situação, e ainda mais pelo horário já avançado, apesar disso, mesmo estando com uma grande soma de dinheiro e como de costume ter distribuído as notas em vários bolsos da roupa que vestia para o caso de ter que lhe dar com um ladrão, se permitiu dialogar sem saber ao certo o porquê.

Apenas o ancião entre os mineiros do lixo se pronunciou, dizendo:
– No início da tarde às crianças tomaram o pouco leite que havia sobejado do lanche da manhã.

O jovem senhor em um gesto de compaixão, fez a seguinte proposta:
– Gostaria de convidar todos vocês para jantar no restaurante da próxima quadra chamado “La Bella Cocina”.

Com certo brilho nos olhos em gotículas de lágrimas por nunca ter passado por algo assim, o ancião disse:
– O senhor faria isso? Somos muitos?!

– Sim! Vocês aceitariam ir agora ou mais tarde?! Perguntou o jovem senhor.

Imediatamente o ancião se levantou batendo na roupa que vestia para remover o excesso de sujeira, e chamou toda sua família para fazerem o mesmo e irem ao jantar. Logo no início da caminhada era possível ouvir cochichos alegres das sensações causadas pelo saber que em poucos instantes a fome tão incomoda seria exterminada.

Bebê no colo, crianças de mãos dadas com seus pais, todos caminhando em direção ao restaurante com uma intensa comoção interior quase para explodir no peito, mas exteriormente demonstrada com pequenos sorrisos. O jovem senhor ia na frente direcionando o grupo e o ancião quase que ao seu lado o acompanhando cabisbaixo, onde o jovem “samaritano” não querendo causar constrangimento ao ancião, apenas notava disfarçadamente o forte choro em soluços contidos na intenção de ninguém reparar, mas que todos já haviam percebido.

Ao se posicionar na porta principal, o maître pensou que como em muitos outros momentos, aquelas pessoas que estavam vindo na direção do restaurante iriam mendigar restos de comida e já se preparou para a resposta padrão que sempre mencionava: “Toda sobra de comida é triturada por uma máquina para que posteriormente possa ser transportada para a fazenda do dono do restaurante e assim alimentar porcos.”. No entanto, algo diferente do habitual ocorreu naquela noite.

O jovem senhor se conduziu ao anfitrião, dizendo:
– Por favor, mesa para 8 pessoas e um bebê!
O anfitrião meio assustado por estar pronto para dar outra resposta, se conteve e disse:
– Eles estão com o senhor? Não sei se teria um local apropriado para eles. O senhor pagará pelo jantar de todos?

Atônito por ouvir e não querendo acreditar que alguém tivesse a coragem de falar daquela forma, o jovem senhor se esforçou para entender que o gerente estava apenas fazendo o trabalho que esperavam dele em manter o restaurante agradável, e que todos os clientes pagassem pelo que consumissem, até porque, havia um mau cheiro insuportável provindo do grupo que a pouco estava submerso em lixos.

Educadamente, o jovem senhor respondeu:
– Sim, hoje é por minha conta! Por favor, mesa para 8 pessoas e um bebê.
Mais que depressa, o gerente concordou:
– Muito bem! Um instante enquanto preparo a mesa para o senhor!

Pouco depois o gerente voltou e conduziu os eufóricos clientes para a mesa menos visível no recinto, sendo que, a lâmpada que iluminava a mesa estava queimada, o que não impedia o uso do local por estar com uma iluminação ambiente e bem agradável, ainda assim, sem saber o jovem questionou:
– É possível ligar a luz da nossa mesa?
O garçom que havia sido definido pelo gerente para atender o grupo, explicou:
– Senhor, estamos com um problema com esta lâmpada já há algum tempo e infelizmente não será possível iluminar sua mesa mais do que já está. Deseja ir para outra mesa?
– Sim, gostaria de ir para outra mesa! Confirmou o jovem senhor. Então o garçom explicou:
– Vou verificar com meu gerente para onde devo conduzir os senhores. Um instante por favor!

Enquanto o atencioso garçom se dirigia na direção de quem tinha autoridade para resolver aquela questão, o ancião exprimiu ao jovem:
– Estimado amigo, se assim posso chamá-lo, não se preocupe com a iluminação da nossa mesa, tenho a certeza de que todos seremos capazes de nos alimentarmos mesmo que estivéssemos em total escuridão. O mais importante será participarmos da refeição! Tenho experiência nisso e poderia descrever diversas histórias sobre, mas vou me limitar a dizer que é necessário um cuidado redobrado para comer no escuro senão perderá boa parte da refeição, então fique tranquilo, temos iluminação suficiente aqui.

Quando o garçom chegou com o gerente, o jovem senhor disse:
– Não se preocupem com nossa iluminação, decidimos permanecer nesta mesa. Muito obrigado!
– Muito bem, senhor. Se precisar de algo continuamos à disposição! Concluiu o gerente.
– Os senhores já decidiram o que vão comer? Perguntou o garçom.
O jovem senhor respondeu:
– Logo que decidirmos, te aviso. Muito obrigado!

Enquanto consultavam o cardápio cabisbaixos e envergonhados por causa dos outros clientes os observarem, e mesmo alguns não os julgando, era ruim ter a atenção das pessoas por não estar no “molde” padrão para ir a um restaurante: estar bem vestido, ter tomado banho, estar com os cabelos penteados, estar razoavelmente perfumado, desta forma ninguém notaria ou se faria não notar, o que ocorria o total contrário nos pensamentos da grande maioria: “o que estas pessoas estão fazendo aqui?”, “quem pagará pela refeição deles?”, “nunca mais voltarei neste restaurante!”. O jovem senhor percebendo toda esta situação, iniciaria uma conversa na tentativa de livrar a atenção da família em observar os possíveis julgadores, no que disse:
– Já decidiram o que vão comer? Cada um pode escolher o que quiser!
A maioria replicou:
– Ainda não! Não, ainda não, mas um dos adolescentes, disse:
– Gostaria da comida nesta foto, posso?
– Claro! Respondeu o jovem senhor não se preocupando com o valor, e estando com o seguinte pensamento: “mesmo que eu use todo o meu salário para pagar a conta, estas pessoas vão comer bem esta noite”.

Enquanto todos iam definido seus pratos, conversando entre si, perguntando uns aos outros sobre determinado item no menu, o jovem reparava no tratamento recíproco entre eles: a educação, o respeito, a atenção que dispensavam uns aos outros, algo natural, bonito, o que fez com que ele refletisse como aquelas pessoas se importavam e amavam umas às outras, o que não tinha absolutamente nada a ver com ter ou não bens materiais ou montantes monetários.

Depois que todos fizeram, respeitosamente, seus pedidos ao garçom, o jovem senhor perguntou como eles estavam se sentindo e se alguém tinha alguma história que gostaria de compartilhar.

Uma das crianças disse:
– Tio, nunca fui em um lugar tão bonito como aqui. Podemos dormir aqui?
Completamente emocionado, o jovem respondeu:
– Não sei se deixariam vocês dormir aqui, pequenino. Este lugar é só para se alimentar.
Rapidamente, uma outra criança questionou:
– Mas tio, não vamos pegar nem estragar nada, só queremos ter um teto e paredes contra o frio!
O jovem respirou fundo, e não conseguindo mais responder maneou a cabeça negativamente, pensando: Tantas vezes reclamei do que possuo, e estas pessoas não tem nem onde dormirem protegidas. Então o ancião, disse:
– Crianças, não perturbem o tio, ele já está nos dando o que mais precisamos nesta noite!
O jovem pediu licença e foi ao banheiro quase em soluços e quando se deparou com o espelho, olhou bem profundo dentro dos próprios olhos e chorando pensou: Queria fazer mais por eles! Queria ajuda-los a ter uma vida mais digna! Poderia dar minha casa para eles! Gostaria de fazer mais do que dar um jantar! Mas como poderia? Não tenho nem possuo muito!

Ao voltar, se assentou e continuou ouvindo, no que o adolescente entre eles, disse:
– Tio, queria contar o dia em que fui preso, posso?
Apreensivo, o jovem permitiu: claro!
– Estava sozinho naquelas montanhas de lixo quando mais um caminhão chegou, então corri para tentar pegar e disputar os melhores sacos com os outros catadores. Quando a carga foi despejada todos começaram a pegar, puxar, até brigavam pelos maiores e coloridos sacos, foi aí que encontrei um saco e dentro dele havia uma maleta preta de couro. Saí dali para abri-la um pouco mais longe das outras pessoas, e quando abri levei um susto porque estava cheia de notas de dinheiro. Fiquei com muito medo e pensei em encontrar meu avô o mais rápido para perguntar o que fazer, mas antes disso, passei no mercado pensando em comprar algo para nossa família comer, pois pensei que se aquela quantidade de dinheiro fosse de alguém, esta pessoa não iria se importar em nos ajudar com um pouco de comida. Entrei no mercado e sendo acompanhado por muitos olhos e principalmente pelos do segurança, fui ao banheiro para tirar uma das notas da maleta para não ter que a expor no caixa do supermercado. Peguei uma sesta básica de alimentos e fui ao caixa, e quando dei o dinheiro, à funcionária disse:
– Esta nota é falsa! Está querendo me enganar?
E gritando, chamou:
– Segurança!
– Tentei explicar, mas quando vi já estava preso na delegacia esperando por alguém da minha família. Depois de algumas horas meu avô chegou com uma pessoa que me viu encontrando a maleta no lixão, então fui solto depois de muita explicação.
O jovem, comentou:
– Deve ter sido perturbador ver uma maleta cheia de dinheiro e logo depois ser preso por causa dela.
Complementou o adolescente:
– Verdade, mas meu maior aprendizado foi que sempre existirá alguém que esteja nos vendo, e o testemunho dessa pessoa em relação a nós vai nos condenar ou nos justificar, então é importante se esforçar para ser justo, mesmo que ao nosso parecer ninguém esteja nos vendo.

Neste momento o garçom chegou e distribuiu os pratos, copos, talheres para cada um, e até um pequeno pratinho com colher de plástico para que o bebe pudesse comer melhor.

Antes de comerem, o ancião disse:
– Vamos agradecer pelo alimento. Por favor, deem as mãos uns aos outros.
Então todos agradeceram, dizendo:
– Pai nosso que estás nos céus, santificado seja o Teu nome; venha o Teu reino, seja feita a Tua vontade, assim na terra como no céu; o pão nosso de cada dia nos dá hoje; e perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós também temos perdoado aos nossos devedores; e não nos deixes entrar em tentação; mas livra-nos do mal. Porque Teu é o reino e o poder, e a glória, para sempre, amém!

Enquanto todos comiam alegremente, era possível ver olhos brilhantes com pequenas gotículas de lágrimas de gratidão, o que não impediu que as histórias continuassem a serem contadas, pois uma das senhoras disse:
– Estava me lembrando ainda agora que, pouco antes do meu bebe nascer eu estava cuidado de sacos que ajuntamos no lixão, quando minha bolsa gestacional rompeu, não sei como nem quem chamou, mas uma ambulância me buscou, e quando estávamos passando em frente a este restaurante em direção ao hospital, ocorreu uma colisão nos deixando presos ali, então não tive outra opção senão ter meu bebe dentro da ambulância. Graças a Deus tudo ficou bem por que os profissionais que me atenderem foram atenciosos e prestativos me ajudando em cada instante! É tão bom ter pessoas que se preocupem e ajude outras, mesmo não conhecendo nem recebendo nada em troca, mas pelo desejo de fazer o bem. Se todos fossem assim teríamos um mundo melhor!

Em seguida um dos homens disse:
– Passamos por esta situação há algum tempo e foi uma das piores experiências que tive. Um dia estava com tanta fome que parei em frente a um restaurante e fiquei observando uma pessoa que estava comendo, a pessoa não muito satisfeita com minha presença disse “vá embora!”, então eu disse que estava ali pois não tinha o que comer e estava esperando alguém que me desse um pouco de comida. Ao ouvir isso a pessoa me mandou embora mais uma vez, no que eu disse:
– Por favor, se você não for comer tudo, pode me dar o que sobrar? Então a pessoa disse que havia perdido o apetita e cuspindo no prato de comida, concluiu:
– Coma tudo e não deixe nada no prato! Estava com tanta fome que acabei fazendo exatamente o que me pediu. Triste realidade, mas pelo menos não morri de fome. Este é o tipo de momentos que passamos na rua, algo totalmente desconhecido por muitos, e as pessoas deveriam saber e se conscientizar que um pedaço de pão pode salvar uma vida, mas o que ocorre é que muito alimento bom para consumo é utilizado para alimentar sacos pretos sem vida.

Todos comeram até ficarem satisfeitos e logo depois ainda pediram sobremesa conforme pedido do jovem, que tinha dito:
– Gostaria que todos pedissem uma sobremesa, pois existem uma grande variedade de doces e sorvetes, então fiquem à vontade para pedirem o que for do agrado de cada um.
Doce de leite e de mamão, pudim, torta alemã, sorvete e até picolé foi um dos pedidos. Todos aproveitaram e ficaram agradecidos pelo maravilhoso jantar.

Por fim o ancião acrescentou suas valiosas experiências. Ele disse:
– Poderia descrever diversos relatos completamente diferentes e tristes, e em alguns outros vocês perceberiam bastante alegria envolta, mas neste momento quero falar do que realmente me interessa, minha família. Temos uma lista gigantesca de bens, mas nenhum deles tem valor financeiro, pois seria impossível medir ou definir o preço deles. Qual seria o valor do respeito que temos uns pelos outros, desde o mais novo até o de mais idade? Qual seria o valor de mesmo sentindo uma das maiores agonias que o organismo possa pulsar, a fome, e ainda assim termos tranquilidade para tratar os demais com paciência e serenidade? Qual seria o valor de mesmo não tendo nada, devolver algo de valor que se encontrou? Qual seria o valor de não revidar, mesmo não “tendo” nada a perder? Qual seria o valor de não ter uma mansão, mas possuir o amor, maior dos sentimentos dentro de nós nos envolvendo como se morássemos em um exuberante palácio? Ter cada um de vocês aqui comigo é mais do que ter 100 barras de ouro. Gostaria que vocês continuassem as viver isso quando eu não estivesse mais aqui.

Particularmente estarmos aqui não é nenhuma novidade, pois nesta manhã havia pedido a Deus que nos concedesse o alimento, e por mais que seja estranho ao nosso ver, Ele afirmou em meu intelecto sem dizer nenhuma palavra: Tudo vai ficar bem! Eu não sabia como se daria até o jovem senhor aparecer, foi aí que mais uma vez tive a certeza que mesmo estando no final do dia Deus não deixaria seus filhos desamparados e confundidos. Digo a você jovem, você acha que está fazendo bem há algumas poucas pessoas que sobrevivem do lixo dos outros, mas na verdade você está alimentando o próprio Deus, Criador e Senhor de todas as coisas! Hoje Ele te concedeu a oportunidade de ver algo que provavelmente você não acreditaria existir, até ver com os próprios olhos e ouvir com seus próprios ouvidos: pessoas vivendo em amor, porém, transformadas, pois não conseguiríamos ser assim com nossas próprias forças, mas isso é um presente do Senhor para nós, o fruto do Espírito Santo.

O jovem ouvia atônito pensando estar em um sonho, mas por tudo ser tão real e verdadeiro, não ficou nenhuma dúvida em transparecer ser o momento mais intenso até então vivido.

Continuou o ancião:
– Se hoje você quiser, poderá receber exatamente o mesmo! Não estou te vendendo nada! Também não quero te convencer de nada! Muito menos, que você se converta a uma religião! Meu único desejo é que você conheça Alguém, e te aviso logo, a luz dEle será tão intensa sobre a sua vida que você será completamente transformado!
Em pranto o jovem disse:
– Quero! O que devo fazer?
Complementou o ancião:
– Você só precisa agir como eu quando você nos convidou para jantar! Lembra-se? Você me perguntou: “Você já jantaram?”, “Aceitam ir agora ou mais tarde?”. Imediatamente me levantei e batendo em minha roupa para limpar o excesso de sujeira, convidei minha família para fazer o mesmo. Faça isso agora mesmo, diga a Jesus: Senhor, eu aceito o convite! Levante-se e fique tranquilo, Ele mesmo fará a limpeza não externamente, mas em seu interior! Você ficará completamente limpo!

Depois de o jovem fazer exatamente o que o ancião o descreveu, sentiu-se quase que flutuando pela leveza recebida através do Espirito Santo, no que disse:
– Na minha infância muitas vezes fui à igreja e ouvi muitas histórias da bíblia, mas hoje entendi que a questão não é conhecer, mas sim viver por, com e para Ele! Não algo que meus pais ou familiares me exigiram, mas uma busca voluntária e individual. Muito obrigado por vocês proporcionarem estes maravilhosos instantes em minha vida!

O garçom trouxe a conta logo que recebeu a indicação do jovem. Quando o jovem viu a conta, meio atordoado, ajuntou todas as notas que havia recebido do seu salário para pagar o jantar, ficando exatamente sem nenhum dinheiro nem na carteira, nem nos bolsos. Em seguida todos se levantaram e saíram do restaurante agradecidos.

O jovem se despediu abraçando cada um dos componentes da família chamando-os de irmãos, e em seguida foi em direção da sua casa se esforçando para de alguma forma entender o que havia acontecido, e tentando conversar com Deus. Após alguns minutos andando foi abordado por uma dupla que obrigou que ele lhes desse tudo de valor que ele tivesse, mas ele disse:
– Não tenho nenhum dinheiro nem nada de valor que vocês queiram. Por favor, deixe-me ir embora!
Então eles responderam:
– Sabemos que você está com seu salário! Se você não nos entregar, vamos pegar quando você estiver morto!
Mais uma vez o jovem disse:
– Por favor, acreditem em mim! Não tenho nada! Paguei o jantar de uma família que não tinha o que comer!
Um dos homens apontou o revólver na direção do jovem que já estava caído com suas mãos em frente do próprio rosto na intensão de se proteger, como se suas mãos fossem parar o projétil da arma, no que o assaltante disse:
– É a última vez que te peço! Nos entregue tudo que você tem!
Antes de o jovem terminar de falar o assassino já havia o alvejado duas vezes, não dando chances de que ele continuasse a viver, e depois de vasculharem os bolsos e roupa souberam que ele realmente estava dizendo a verdade.

A realidade muitas vezes é cruel. Não poupa ninguém! Sufoca! Amordaça! Faz o mais fiel cristão murmurar em seu interior! Logo após o jovem fazer uma das mais lindas ações em sua existência, sua vida foi ceifada por míseros pedaços de papel que ele não possuía. Mas este não é o final da estória!

Observar pelo lado em que ele havia acabado de fazer o bem e não receber a proteção de Deus é a mais fácil de notar, questionar e julgar, todavia, entender que depois desta vida existe algo a mais nos faz crêr que a maravilhosa graça de Deus fez com que o jovem fosse salvo não da mão dos homens, mas da condenação eterna, pois querendo ou não a carne do ser humano vira pó depois de algum tempo dentro de um caixão debaixo da terra, e todos sem exceção vão parar lá, mas os que confiam no Senhor permanecerão para sempre! E foi exatamente o que aconteceu com o jovem, aceitou o convite de Cristo sobre a vida dele.

Salvo! Redimido! Justificado!
Novas vestes! Anel no dedo! Sandálias nos pés!
Novo nome! Galardão! Festa de júbilo!
Ceia! (“…até àquele dia em que eu beba de novo convosco no Reino do meu Pai.”)

Sim, estaremos juntos!
Quero te encontrar na Glória!
Acredite!
Até já!

[OAOJ]
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