Se a boca realizasse apenas o processo inicial da digestão para depois sentirmos o gosto no estômago, dificilmente colocaríamos algo na boca que posteriormente nos fosse fazer mal. Por causa disso, muitas vezes não nos preocupamos com o que conduzimos ao nosso estômago pelo simples fato de ter agradado nosso paladar.

Colocação estranha, né?! Mas se pensarmos bem, quando bebês, até aproximadamente nossos 2 anos de idade, colocávamos tudo que estava ao nosso alcance na boca, como: pentes, livros, controle remoto, rabo do cachorro, barata, lama, formiga, sandália, e a lista não teria fim! Contudo, para este período é totalmente normal desde que seja acompanhado e corrigido pelos pais ou responsáveis, até porque é o momento em que estávamos aprendendo e conhecendo o mundo e a nós mesmos pelo contato feito pela boca.

Já na idade adulta, colocamos, mastigamos e até engolimos produtos e alimentos que não necessariamente nos farão bem, quer dizer, pode até ser gostoso e prazeroso, mas não é nada bom, proveitoso, e nem fará bem ao nosso organismo!

É importante ter uma boa educação alimentar para que o nosso corpo tenha os nutrientes necessários para sobreviver e o mais importante, que não venha sofrer severas doenças pelo que ingerimos ou pelo que deixamos de ingerir.

Há pouco tempo este tema tomou meus pensamentos no sentido de identificar o porquê de muitas vezes eu estar diante de um delicioso hambúrguer, de uma pizza, ou de um bolo todo de chocolate, tendo a total consciência de que este determinado alimento agradará extremamente meu paladar, no entanto, poderá causar uma total indigestão ao chegar em meu estômago ou acarretar doenças a longo prazo, e mesmo assim, mais que depressa devoro até a última migalha! Por que?!?!

Os poucos instantes de mastigação na apreciação do paladar são levados mais em conta do que a possibilidade de um mal-estar, ou pior, o início ou agravo de uma doença degenerativa! Loucura, certo?! E ainda existem pessoas que dizem: “De qualquer forma vou morrer mesmo, que seja comendo o que gosto!”, ou “Para que vou cuidar tanto da minha alimentação se a qualquer momento posso ser morto em um atropelamento, ou uma queda, ou uma catástrofe? Vou aproveitar minha refeição calórica!”. E em nenhum instante falei sobre venenos ou produtos para tirar a própria vida.

Percebo que em muitas áreas da vida seguimos desta mesma forma, então é necessário identificar e remediar qualquer tipo de consequência negativa, e digo que em muitos casos indivíduos em um primeiro momento não estão nada preocupados com ações inconsequentes, pois para estes não existe nada de errado em suas práticas, e é exatamente igual com o alimento, aqueles que exageram achando que está tudo bem ingerindo tudo e quanto quiserem, só perceberão o mau que fizeram a si depois que estiverem em cima de uma maca ou mesa cirúrgica suplicando para que alguém arranque aquela dor!

Posso dizer que no âmbito espiritual não é diferente onde nossas escolhas devem ser mais bem pensadas ainda! Se não forem freadas e até exterminadas, podem tornar-se viciantes e pior, descer ao coração causando prejuízo incalculável!

As fraquezas que atuam em nossos sentidos devem ser contidas, e quem melhor do que nós mesmos, com a ajuda do Espírito Santo, para determinar e definir o que deve ser feito para acabar com tal prática!

Se algo atua contra você através do tato, basta não tocar, ou muito menos, se deixar sentir o toque. Você sabe onde, como, quando! Comece agora!

Se algo atua contra você através do olfato, negue este perfume, ou muito menos, compartilhe sua fragrância. Você sabe onde, como, quando! Comece agora!

Se algo atua contra você através da audição, não permita que seus ouvidos tenham acesso a tal ruído, ou muito menos, compartilhe tal som. Você sabe onde, como, quando! Comece agora!

Se algo atua contra você através do paladar, não permita que seus lábios tenham acesso a tal produto, ou muito menos, compartilhe o que sua boca pode proporcionar. Você sabe onde, como, quando! Comece agora!

Se algo atua contra você através da visão, não permita que seus olhos tenham acesso a tal ambiente, ou muito menos, compartilhe seus olhos a qualquer tipo de aproximação. Você sabe onde, como, quando! Comece agora!

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